Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 13 de 13
Filtrar
1.
Saúde Soc ; 31(3): e210828pt, 2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1410109

RESUMO

Resumo Este artigo busca analisar o contexto de gestação, pré-natal e parto de uma criança com Síndrome Congênita do Zika (SCZ). É um estudo exploratório qualitativo, tipo estudo de caso único, delineado a partir de entrevista em profundidade realizada com uma mãe de criança diagnosticada com SCZ em Pernambuco. A análise dos dados ocorreu mediante a categorização do conteúdo da entrevista em quatro núcleos temáticos: contexto da descoberta da gestação; condições da assistência ao pré-natal e ao parto; condições de diagnóstico e assistência à criança; e sentimentos envolvidos na descoberta da gestação e do diagnóstico da síndrome. Esse caso sinaliza falhas no planejamento reprodutivo e na assistência ao pré-natal e parto; despreparo dos profissionais de saúde; e mudanças significativas na rotina da família, que implicam escolhas difíceis num contexto de deficitária assistência pública à saúde. A epidemia da SCZ revelou problemas que vão além do controle vetorial do mosquito. O panorama atual escancara vulnerabilidades dessas famílias, intensificadas com o surgimento e as consequências da covid-19, o que tem exposto ainda mais as fragilidades da atenção integral à saúde da mulher e a necessidade de manter uma rede articulada e resolutiva na assistência e vigilância em saúde.


Abstract This study analyzes the context of pregnancy, prenatal care and birth of children with Congenital Zika Syndrome (CZS). A single case exploratory study was conducted with a mother of a child diagnosed with CZS in Pernambuco, Brazil. Data were collected by an in-depth interview and content was categorized into four themes: discovery of pregnancy; conditions of prenatal and childbirth care; conditions of diagnosis and childcare; and feelings involved in the pregnancy discovery and syndrome diagnosis. This case study highlights failures in reproductive planning and in prenatal and childbirth care; unpreparedness of health professionals; and significant changes in the family's routine, which imply difficult choices under a deficient public health care. CZS epidemic uncovered problems that go beyond mosquito vector control. The current scenario highlights the vulnerabilities of these families, intensified by the emergence and consequences of COVID-19, which has further exposed the weaknesses of women's comprehensive health care and the need to maintain an articulated and resolute network in health care and surveillance.


Assuntos
Gravidez , Saúde da Criança , Saúde da Mulher , Serviços de Saúde Materno-Infantil , Infecção por Zika virus
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(10): e00069018, oct. 2018. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952352

RESUMO

Em agosto de 2015, neuropediatras de hospitais públicos do Recife, Pernambuco, Brasil, observaram um aumento do número de casos de microcefalia desproporcional associado a anomalias cerebrais. Esse fato gerou comoção social, mobilização da comunidade acadêmica e levou o Ministério da Saúde a decretar emergência de saúde pública nacional, seguida pela declaração de emergência de saúde pública de interesse internacional da Organização Mundial da Saúde. A hipótese formulada para o fenômeno foi a infecção congênita pelo vírus Zika (ZIKV), com base na correlação espaço-temporal e nas características clínico-epidemiológicas das duas epidemias. Evidências se acumularam e no âmbito do raciocínio epidemiológico preencheram critérios que deram sustentação à hipótese. Sua plausibilidade está ancorada no neurotropismo do ZIKV demonstrado em animais, atingindo neurônios progenitores do cérebro em desenvolvimento, e em seres humanos devido às complicações neurológicas observadas em adultos após a infecção. O isolamento do RNA e antígenos virais no líquido amniótico de mães infectadas e em cérebros de neonatos e fetos com microcefalia contribuíram para demonstrar a consistência da hipótese. O critério de temporalidade foi contemplado ao se identificar desfechos desfavoráveis em uma coorte de gestantes com exantema e positivas para o ZIKV. Finalmente, o primeiro estudo caso-controle conduzido demonstrou existir uma forte associação entre microcefalia e infecção congênita pelo ZIKV. O conhecimento construído no âmbito do paradigma epidemiológico recebeu a chancela da comunidade científica, construindo o consenso de uma relação causal entre o ZIKV e a epidemia de microcefalia.


En agosto de 2015, neuropediatras de hospitales públicos de Recife, Pernambuco, Brasil, observaron un aumento desproporcional del número de casos de microcefalia, asociado a anomalías cerebrales. Este hecho generó conmoción social, movilización de la comunidad académica y obligó al Ministerio de Salud a decretar la emergencia de salud pública nacional, seguida de la declaración de interés internacional de la Organización Mundial de la Salud. La hipótesis formulada para este fenómeno fue la infección congénita por el virus Zika (ZIKV), en base a la correlación espacio-temporal y a las características clínico-epidemiológicas de las dos epidemias. Se acumularon evidencias, y en el ámbito del raciocinio epidemiológico se cumplieron los criterios que dieron apoyo a la hipótesis. Su plausibilidad está anclada en el neurotropismo del ZIKV, demostrado en animales, alcanzando progenitores neuronales del cerebro en desarrollo, y en seres humanos, debido a las complicaciones neurológicas observadas en adultos tras la infección. El aislamiento del ARN y antígenos virales en el líquido amniótico de madres infectadas, en cerebros de neonatos y fetos con microcefalia, contribuyeron a demostrar la consistencia de la hipótesis. El criterio de temporalidad se contempló al identificarse desenlaces desfavorables en una cohorte de gestantes con exantema y positivas en ZIKV. Finalmente, el primer estudio caso-control realizado demostró que existía una fuerte asociación entre microcefalia e infección congénita por el ZIKV. El conocimiento construido en el ámbito del paradigma epidemiológico recibió la aprobación de la comunidad científica, existiendo consenso en cuanto a la relación causal entre el ZIKV y la epidemia de microcefalia.


In August 2015, pediatric neurologists at public hospitals in Recife, Pernambuco State, Brazil, observed an increase in the number of disproportional microcephaly cases associated with other congenital anomalies. The fact caused social commotion and mobilization of the academic community and led the Brazilian Ministry of Health to declare a national public health emergency, followed by the declaration of a Public Health Emergency of International Concern by the World Health Organization. The hypothesis for the phenomenon was congenital Zika virus (ZIKV) infection, based on spatial-temporal correlation and the clinical-epidemiological characteristics of the two epidemics. Further evidence accumulated, and within the scope of epidemiologial reasoning fulfilled criteria that gave support to the hypothesis. The plausibility of the hypothesis is based on the neurotropism of ZIKV, demonstrated in animals, affecting neural progenitors in the developing brain, and in humans, due to neurological complications in adults following infection. Isolation of viral RNA and antigens in the amniotic fluid of infected mothers and in brains of newborns and fetuses with microcephaly further demonstrated the consistency of the hypothesis. The criterion of temporality was met by identifying adverse pregnancy outcomes in a cohort of mothers with a history of rash and positive ZIKV serology. Finally, the first case-control study demonstrated a strong association between microcephaly and congenital ZIKV infection. The knowledge built with the epidemiological paradigm was supported by the scientific community, thereby establishing the consensus for a causal relationship between ZIKV and the microcephaly epidemic.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Complicações Infecciosas na Gravidez/epidemiologia , Infecção por Zika virus/epidemiologia , Microcefalia/epidemiologia , Complicações Infecciosas na Gravidez/virologia , Brasil/epidemiologia , Resultado da Gravidez , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Prevalência , Fatores de Risco , Medicina Baseada em Evidências , Infecção por Zika virus/complicações , Microcefalia/virologia
3.
Rev. saúde pública (Online) ; 51: 85, 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-903234

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate differential associations between the exposure to violence in the family of origin and victimization and perpetration of intimate partner violence in pregnancy. METHODS A nested case-control study was carried out within a cohort study with 1,120 pregnant women aged 18-49 years old, who were registered in the Family Health Strategy of the city of Recife, State of Pernambuco, Brazil, between 2005 and 2006. The cases were the 233 women who reported intimate partner violence in pregnancy and the controls were the 499 women who did not report it. Partner violence in pregnancy and previous experiences of violence committed by parents or other family members were assessed with a standardized questionnaire. Multivariate logistic regression analyses were modeled to identify differential associations between the exposure to violence in the family of origin and victimization and perpetration of intimate partner violence in pregnancy. RESULTS Having seen the mother suffer intimate partner violence was associated with physical violence in childhood (OR = 2.62; 95%CI 1.89-3.63) and in adolescence (OR = 1.47; 95%CI 1.01-2.13), sexual violence in childhood (OR = 3.28; 95%CI 1.68-6.38) and intimate partner violence during pregnancy (OR = 1.47; 95% CI 1.01 - 2.12). The intimate partner violence during pregnancy was frequent in women who reported more episodes of physical violence in childhood (OR = 2.08; 95%CI 1.43-3.02) and adolescence (OR = 1.63; 95%CI 1.07-2.47), who suffered sexual violence in childhood (OR = 3.92; 95%CI 1.86-8.27), and who perpetrated violence against the partner (OR = 8.67; 95%CI 4.57-16.45). CONCLUSIONS Experiences of violence committed by parents or other family members emerge as strong risk factors for intimate partner violence in pregnancy. Identifying and understanding protective and risk factors for the emergence of intimate partner violence in pregnancy and its maintenance may help policymakers and health service managers to develop intervention strategies.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Violência Doméstica/estatística & dados numéricos , Gestantes/psicologia , Violência por Parceiro Íntimo/estatística & dados numéricos , Exposição à Violência/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Inquéritos e Questionários , Análise de Regressão , Fatores de Risco , Estudos de Coortes , Distribuição por Idade , Vítimas de Crime/estatística & dados numéricos , Acontecimentos que Mudam a Vida , Pessoa de Meia-Idade
4.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 16(4): 447-455, Oct.-Dec. 2016. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-844229

RESUMO

Abstract Objectives: this study aims to evaluate parturition distribution of live-born children within the First Health Regional Administration (GERES I) in the state of Pernambuco, Brazil in 2012. Methods: live Birth Certificates were used to evaluate displacements between pregnant women's residential municipalities and birth localities. Flux maps were constructed to represent pregnant women transferred to Recife, and the estimated number of live-borns with high-risk and regular births was calculated for each municipality. Results: in 2012, only 50% of the births of live babies in the GERES I took place at the original residential municipality of the mother. In Recife, the number of childbirths was 1.5 times greater than expected for this year, with 56% representing non-residents. Eleven municipalities of the GERES I have maternity hospitals, however, none of these responded to the expected number of regular risk births. Conclusions: this disruption of the obstetric network leads to the disrespecting of women's right to know beforehand the place of childbirth and to create bonds with it. Municipalities perform fewer childbirths than expected, resulting in unnecessary transfers and the overloading of maternity hospitals in Recife.


Resumo Objetivos: saber o local onde irá ocorrer o parto é um direito da gestante no Brasil e uma estratégia de organização da rede de atenção obstétrica. Este estudo tem como objetivo avaliar a distribuição dos partos dos nascidos vivos (NV) da Gerência Regional de Saúde (GERES) I do Estado de Pernambuco em 2012. Métodos: a partir das Declarações de Nascidos Vivos, foram investigados deslocamentos do município de residência da mãe e de ocorrência do parto. Foram construídos mapas de fluxo para o Recife e estimado o número esperado de NV com parto de risco habitual e de alto risco para os municípios da GERES I. Resultados: em 2012 apenas 50% dos NV da GERES I nasceram no município de residência da mãe. Em Recife ocorreram 1,5 vezes o número de partos esperados para o ano, sendo 56% de mães não residentes. Onze municípios da GERES I têm maternidade, mas nenhum responde ao volume esperado de partos de risco habitual. Conclusões: esta desestruturação da rede obstétrica viola o direito da mulher de saber com antecedência e construir vínculo com o local do parto. Alguns municípios da GERES I realizam menos partos do que o esperado, levando a transferências desnecessárias e a super-lotação das maternidades do Recife.


Assuntos
Humanos , Gravidez , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Serviços de Saúde Materno-Infantil , Tocologia/estatística & dados numéricos , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Declaração de Nascimento , Brasil , Nascido Vivo , Atenção Primária à Saúde , Regionalização da Saúde
5.
Rev. bras. epidemiol ; 19(2): 243-255, Apr.-Jun. 2016. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-789569

RESUMO

RESUMO: Objetivo: Analisar a associação entre violência física pelo parceiro íntimo e uso inadequado da atenção pré-natal. Métodos: Estudo transversal realizado com 1.026 mulheres participantes de estudo de coorte prospectivo delineado para investigar violência na gravidez entre mulheres cadastradas no Programa Saúde da Família (PSF) do Recife. O uso do pré-natal foi avaliado utilizando a norma do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN), do Ministério da Saúde (MS), considerando a época de início do pré-natal e o total de consultas durante a gravidez. Os dados foram coletados por meio de duas entrevistas presenciais (uma no último trimestre da gravidez, outra no pós-parto) para aplicação de questionário estruturado e a partir dos registros do cartão da gestante. Regressão logística não condicional foi realizada para estimar odds ratio (OR) e valores de intervalo de confiança de 95% (IC95%), a fim de medir a associação entre violência física pelo parceiro íntimo e uso inadequado de cuidados pré-natais, utilizando-se o método stepwise. Resultados: A prevalência de uso inadequado do pré-natal foi de 44,1%, e da violência física pelo parceiro íntimo, de 25,6%. Na análise de regressão logística, a violência física pelo parceiro íntimo apresentou-se associada à realização de pré-natal inadequado (OR = 1,37; IC95% 1,01 - 1,85; p = 0,04), após ajuste pelas variáveis confirmadas como confundidoras (paridade, uso de álcool na gravidez e nível de escolaridade). Conclusão: Mulheres vítimas de violência física pelo parceiro íntimo têm maior chance de realizar um pré-natal inadequado, seja pelo início tardio, pela realização de menor número de consultas ou mesmo pelas duas condições juntas.


ABSTRACT: Objective: To analyze the association between physical violence by an intimate partner (PVIP) and the inappropriate use of prenatal care services. Methods: A nested cross-sectional study was conducted with 1,026 women, based on data from a prospective cohort study designed to investigate intimate partner violence among pregnant women enrolled in the Family Health Program (PSF) in Recife, Northeastern Brazil. The use of prenatal care services was assessed with basis on the guidelines from the Program for Humanization of Prenatal Care and Childbirth (Brazilian Ministry of Health) and considered the time of the first prenatal care visit and the total number of visits during the pregnancy. Data were collected through two face-to-face interviews (one in the last pregnancy trimester and the other in the postpartum period), using standardized questionnaires and data on Pregnancy Card records. An unconditional logistic regression was performed to estimate the odds ratio (OR) and the 95% confidence intervals to measure the association between an PVIP and the inappropriate use of prenatal care services, using the stepwise method. Results: The prevalence of the inappropriate use of prenatal care services was 44.1% and of an PVIP, 25.6%. In the logistic regression analysis, an intimatePVIP was associated with inappropriate prenatal care (OR = 1.37; 95%CI 1.01 - 1.85; p = 0.04) after adjustment by variables confirmed as confounders (parity, alcohol use in pregnancy, and education level). Conclusion: Women who are victims of an PVIP have more chance of receiving inappropriate prenatal care due to late onset of prenatal care, fewer prenatal care visits, or both.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Adulto Jovem , Violência por Parceiro Íntimo/estatística & dados numéricos , Abuso Físico/estatística & dados numéricos , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Brasil , Estudos Transversais , Relações Interpessoais
6.
Epidemiol. serv. saúde ; 24(4): 651-660, Out.-Dez. 2015. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-772119

RESUMO

OBJETIVO: descrever a incompletude dos registros de óbitos por causas externas do Sistema de Informações sobre Mortalidade no estado de Pernambuco, Brasil, nos períodos 2000-2002 e 2008-2010. MÉTODOS: estudo descritivo, no qual foi calculada a proporção (%) de incompletude para variáveis selecionadas, segundo Regiões de Saúde (RS). RESULTADOS: a variável 'assistência médica' apresentou a maior incompletude em Pernambuco (60,2%; 84,4%) e nas RS (oito em 2000-2002; 11 em 2008-2010); as variáveis com menores incompletudes foram 'sexo' (0,06%) e 'local de ocorrência' (2,0%; 2,6%); 'naturalidade' teve incompletude reduzida em 11 RS, e 'assistência médica' em nove RS; 'raça/cor' reduziu sua incompletude em todas as RS e em Pernambuco (-53,9%). CONCLUSÃO: a incompletude de algumas variáveis reduziu-se; entretanto, a persistência da incompletude elevada em variáveis como 'escolaridade', 'assistência médica' e 'necropsia' pode distorcer informações sobre os óbitos por causas externas, prejudicando o planejamento de ações e políticas públicas para redução dessas mortes.


OBJECTIVE: to estimate the incompleteness of Mortality Information System records on deaths from external causes in 2000-2002 and 2008-2010, by Health Region (HR) in Pernambuco, Brazil. METHODS: this was a descriptive study calculating the proportion (%) of selected variable incompleteness by HR. RESULTS: the 'medical care' (60.2%; 84.4%) variable showed higher incompleteness in Pernambuco and in the HR (eight in 2000-2002; 11 in 2008-2010); the least incomplete variables were 'sex' (0.06%) and 'location of occurrence' (2.0%; 2.6%); incompleteness reduced for 'place of birth' in 11 HR and 'medical care' in nine HR; 'race/color' incompleteness decreased in all HR and in Pernambuco state (-53.9%). CONCLUSION: the incompleteness of some variables was reduced, however, the persistence of high incompleteness in variables like 'schooling', 'medical care' and 'necropsy' can distort information about deaths from external causes, precluding action and policy planning intended to reduce them.


OBJETIVO: describir el registroincompleto de muertes por causas externas del Sistema de Información sobre Mortalidad, en el estado de en Pernambuco, Brasil, en los periodos 2000-2002 y 2008-2010. MÉTODOS: estudio descriptivo, donde se calculó la proporción (%) de falta de registro de variables seleccionadas por regiones de salud (RS). RESULTADOS: la variable 'asistencia médica' fue la más incompleta en Pernambuco (60,2%; 84,4%) yen las RS (ocho en 2000-2002; 11 en 2008-2010); las variables con menor falta registro(incompletas) fueron 'sexo' (0,06%) y 'lugar de ocurrencia (2,0%; 2,6%). 'naturalidad' fue registrada de forma incompleta en 11 RS y 'asistencia médica' en nueve RS; raza/color en todas las RS y Pernambuco (-53,9%). CONCLUSIÓN: el registro incompleto de algunas variables se redujo, sin embargo la persistencia de un elevado registro incompleto de variables como 'educación', 'asistencia médica' y 'necropsia' puede distorsionar la información sobre las muertes por causas externas, perjudicando la planificación de acción y políticas para reducción de estas muertes.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Atestado de Óbito , Sistemas de Informação , Registros de Mortalidade , Brasil , Epidemiologia Descritiva , Causas Externas
7.
Rev. saúde pública (Online) ; 49: 46, 2015. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-962119

RESUMO

OBJECTIVE To estimate the incidence and identify risk factors for intimate partner violence during postpartum.METHODS This prospective cohort study was conducted with women, aged between 18-49 years, enrolled in the Brazilian Family Health Strategy in Recife, Northeastern Brazil, between 2005 and 2006. Of the 1.057 women interviewed during pregnancy and postpartum, 539 women, who did not report violence before or during pregnancy, were evaluated. A theoretical-conceptual framework was built with three levels of factors hierarchically ordered: women's and partners' sociodemografic and behavioral characteristics, and relationship dynamics. Incidence and risk factors of intimate partner violence were estimated by Poisson Regression.RESULTS The incidence of violence during postpartum was 9.3% (95%CI 7.0;12.0). Isolated psychological violence was the most common (4.3%; 95%CI 2.8;6.4). The overlapping of psychological with physical violence occurred at 3.3% (95%CI 2.0;5.3) and with physical and/or sexual in almost 2.0% (95%CI 0.8;3.0) of cases. The risk of partner violence during postpartum was increased for women with a low level of education (RR = 2.6; 95%CI 1.3;5.4), without own income (RR = 1.7; 95%CI 1.0;2.9) and those who perpetrated physical violence against their partner without being assaulted first (RR = 2.0; 95%CI 1.2;3.4), had a very controlling partner (RR = 2.5; 95%CI 1.1;5.8), and had frequent fights with their partner (RR = 1.7; 95%CI 1.0;2.9).CONCLUSIONS The high incidence of intimate partner violence during postpartum and its association with aspects of the relationship's quality between the couple, demonstrated the need for public policies that promote conflict mediation and enable forms of empowerment for women to address the cycle of violence.


OBJETIVO Estimar a incidência e identificar fatores de risco para violência por parceiro íntimo no pós-parto.MÉTODOS Realizamos estudo de coorte prospectivo com mulheres de 18 a 49 anos, cadastradas na Estratégia Saúde da Família da cidade de Recife, Nordeste do Brasil, entre 2005 e 2006. Das 1.057 mulheres entrevistadas durante a gestação e no puerpério, foram avaliadas 539 sem relatos de violência antes e durante a gestação. Foi construído um modelo teórico-conceitual com três blocos de fatores, hierarquicamente ordenados: características sociodemográficas, comportamentais da mulher e do parceiro e dinâmica da relação. A incidência e fatores de risco de violência por parceiro íntimo foram estimados pela Regressão de Poisson.RESULTADOS A incidência de violência no pós-parto foi 9,3% (IC95% 7,0;12,0). Violência psicológica isolada foi mais frequente (4,3%; IC95% 2,8;6,4). A sobreposição de violência psicológica com a física ocorreu em 3,3% (IC95% 2,0;5,3) e com a física ou sexual ou ambas, em quase 2,0% (IC95% 0,8;3,0) dos casos. O risco de violência por parceiro íntimo no pós-parto foi maior para mulheres: com baixa escolaridade (RR = 2,6; IC95% 1,3;5,4), sem renda própria (RR = 1,7; IC95% 1,0;2,9) e que agrediam fisicamente o parceiro sem estarem sendo agredidas (RR = 2,0; IC95% 1,2;3,4), tinham um parceiro muito controlador (RR = 2,5; IC95% 1,1;5,8) e brigavam frequentemente com seus parceiros (RR = 1,7; IC95% 1,0;2,9).CONCLUSÕES A elevada incidência de violência por parceiro íntimo no pós-parto e sua associação com aspectos da qualidade da relação entre o casal, revela a necessidade de políticas públicas que promovam a mediação de conflitos, busquem equidade social e de gênero e possibilitem formas de empoderamento das mulheres para o enfrentamento do ciclo violento.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Período Pós-Parto/psicologia , Violência por Parceiro Íntimo/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Violência por Parceiro Íntimo/psicologia , Pessoa de Meia-Idade
8.
Rev. saúde pública ; 48(1): 29-35, 2014. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-710592

RESUMO

OBJECTIVE : To investigate the association between common mental disorders and intimate partner violence during pregnancy. METHODS : A cross sectional study was carried out with 1,120 pregnant women aged 18-49 years old, who were registered in the Family Health Program in the city of Recife, Northeastern Brazil, between 2005 and 2006. Common mental disorders were assessed using the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Intimate partner violence was defined as psychologically, physically and sexually abusive acts committed against women by their partners. Crude and adjusted odds ratios were estimated for the association studied utilizing logistic regression analysis. RESULTS : The most common form of partner violence was psychological. The prevalence of common mental disorders was 71.0% among women who reported all form of violence in pregnancy and 33.8% among those who did not report intimate partner violence. Common mental disorders were associated with psychological violence (OR 2.49, 95%CI 1.8;3.5), even without physical or sexual violence. When psychological violence was combined with physical or sexual violence, the risk of common mental disorders was even higher (OR 3.45; 95%CI 2.3;5.2). CONCLUSIONS : Being assaulted by someone with whom you are emotionally involved can trigger feelings of helplessness, low self-esteem and depression. The pregnancy probably increased women`s vulnerability to common mental disorders .


OBJETIVO : Investigar associação entre transtornos mentais comuns e violência por parceiro íntimo durante a gravidez. MÉTODOS : Estudo transversal realizado com 1.120 mulheres grávidas com idade entre 18 e 49 anos, cadastradas no Programa Saúde da Família da cidade do Recife, PE, entre 2005 e 2006. Os transtornos mentais comuns foram avaliados pelo Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). A violência por parceiro íntimo foi definida por atos concretos de violência psicológica, física e sexual infligidos à mulher pelo parceiro. Foram estimadas odds ratios simples e ajustadas para a associação estudada, utilizando-se análise de regressão logística. RESULTADOS : A violência psicológica foi a forma mais frequente de violência por parceiro íntimo. A prevalência de transtornos mentais comuns foi 71,0% entre as mulheres que relataram todas as formas de violência e 33,8% entre as que não relataram violência por parceiro íntimo. Os transtornos mentais mantiveram-se associados à violência psicológica (OR = 2,49, IC95% 1,8;3,5), mesmo na ausência de violência física ou sexual. Quando a violência psicológica esteve combinada com violência física ou sexual, o risco dos transtornos mentais comuns foi ainda mais elevado (3,45; IC95% 2,3;5,2). CONCLUSÕES : Ser agredido por alguém com quem você está emocionalmente envolvido pode desencadear sentimentos de impotência, baixa autoestima e depressão. A gravidez provavelmente aumenta a vulnerabilidade das mulheres aos transtornos mentais comuns. .


OBJETIVO : Investigar asociación entre trastornos mentales comunes y violencia por pareja íntima durante el embarazo. MÉTODOS : EEstudio transversal realizado con 1.120 mujeres embarazadas con edad entre 18 y 49 años, catastradas en el Programa Salud de la Familia de la ciudad de Recife, Pernambuco-Brasil, entre 2005 y 2006. Lo trastornos mentales comunes fueron evaluados por el Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). La violencia por pareja íntima fue definida por actos concretos de violencia psicológica, física y sexual infligidos a la mujer por la pareja. Se estimaron odds ratios simples y ajustados para la asociación estudiada, utilizándose análisis de regresión logística. RESULTADOS : La violencia psicológica fue la forma más frecuente de violencia por pareja íntima. La prevalencia de trastornos mentales comunes fue de 71,0% entre las mujeres que relataron todas las formas de violencia y 33,8% entre las que no relataron violencia por pareja íntima. Los trastornos mentales se mantuvieron asociados a violencia psicológica (OR= 2,49, IC95% 1,8;3,5), inclusive en ausencia de violencia física o sexual. Cuando la violencia psicológica estuvo combinada con la violencia sexual o física, el riesgo de los trastornos mentales comunes fue aún más elevado (3,45; IC95% 2,3;5,2). CONCLUSIONES : Ser agredido por alguien con quien se está emocionalmente involucrado puede desencadenar sentimientos de impotencia, baja autoestima y depresión. El embarazo probablemente aumenta la vulnerabilidad de las mujeres a los trastornos mentales comunes. .


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Gravidez , Adulto Jovem , Mulheres Maltratadas/estatística & dados numéricos , Transtornos Mentais/epidemiologia , Gestantes/psicologia , Parceiros Sexuais , Maus-Tratos Conjugais/estatística & dados numéricos , Mulheres Maltratadas/psicologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Transtornos Mentais/etiologia , Razão de Chances , Prevalência , Inquéritos e Questionários , Delitos Sexuais/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Maus-Tratos Conjugais/psicologia
9.
Cad. saúde pública ; 29(12): 2394-2404, Dez. 2013. ilus, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-697444

RESUMO

This study investigated the association between unintended pregnancy and intimate partner violence before pregnancy. A cross-sectional study was carried out with 1,054 women, aged 18 to 49, in Recife, Northeastern Brazil, from July 2005 to March 2006. Non-conditional logistic regression analysis was performed with a hierarchical strategy for entering variables into the model, according to the conceptual framework defined. Unintended pregnancy was reported by 60.3% (636) women. Intimate partner violence prior to the pregnancy was associated with unintended pregnancy (ORadj = 1.57; 95%CI: 1.17-2.11), even when adjusted for the women's sociodemographic characteristics, the partner's behaviour, and the relationship dynamic. When the association was adjusted for the use of contraception and the partner's refusal to use contraception, the association was no longer significant, suggesting that the effect of partner violence on unintended pregnancy may be mediated by these variables. The findings point to the need of screening for intimate partner violence in reproductive health services.


Este estudo investigou a associação entre gravidez não pretendida e violência por parceiro íntimo antes da gravidez atual. Estudo transversal foi realizado com 1.054 mulheres, com idade entre 18 e 49, residentes no Recife, Nordeste do Brasil, entre julho de 2005 e março de 2006. Utilizou-se análise de regressão logística com estratégia hierarquizada para a inserção de variáveis no modelo, de acordo com o quadro conceitual definido. Gravidez não pretendida foi relatada por 60,3% (636) das mulheres.Violência por parceiro íntimo antes da gravidez foi associada com gravidez não pretendida (ORajustado = 1,57; IC95%: 1,17-2,11), mesmo quando ajustada para as características demográficas e socioeconômicas das mulheres, pelo comportamento do parceiro e dinâmica da relação. Quando a associação foi ajustada pelo uso de contracepção e recusa do parceiro ao uso de contracepção, houve perda da significância estatística. Isso sugere que o efeito da violência por parceiro íntimo sobre gravidez não pretendida pode ser mediado por tais variáveis. Os achados apontam a necessidade de rastreamento da violência por parceiro íntimo nos serviços de saúde reprodutiva.


Se investigó la asociación entre el embarazo no deseado y la violencia de género antes del embarazo. Se trata de un estudio transversal con 1.054 mujeres de entre 18 y 49 años, que viven en Recife, nordeste de Brasil, entre julio de 2005 y marzo de 2006. Se utilizó el análisis de regresión logística con una estrategia jerárquica para la inserción de variables en el modelo, de acuerdo con un marco conceptual definido. El embarazo no deseado fue informado por un 60,3% (636) mujeres. La violencia de género antes del embarazo se asocia con embarazos no deseados (ORaj = 1.57; IC95%: 1.17-2.11), incluso después de ajustarla por las características demográficas y socioeconómicas de las mujeres, comportamiento de la pareja y la dinámica de la relación. Cuando la asociación fue ajustada para el uso de anticonceptivos y la negativa del compañero para usar anticonceptivos, hubo pérdida de significación estadística. Esto sugiere que el efecto de violencia de género en el embarazo no deseado puede estar influenciado por estas variables. Los hallazgos apuntan a la necesidad de la detección de violencia de género en los servicios de salud reproductiva.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Gravidez , Adulto Jovem , Mulheres Maltratadas , Gravidez não Desejada , Maus-Tratos Conjugais/estatística & dados numéricos , Fatores Etários , Brasil/epidemiologia , Violência Doméstica/estatística & dados numéricos , Métodos Epidemiológicos , Saúde Reprodutiva , Fatores Sexuais , Parceiros Sexuais , Fatores Socioeconômicos
10.
Rev. saúde pública ; 46(6): 1014-1022, Dez. 2012. ilus, graf, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-667613

RESUMO

OBJETIVO: Descrever as formas de enfrentamento à violência física adotadas por mulheres agredidas por parceiro íntimo. MÉTODOS: Estudo transversal realizado na linha de base de estudo de coorte, com gestantes cadastradas no Programa Saúde da Família, entre julho de 2005 e março de 2006, em Recife, PE. Foram selecionadas 283 gestantes de 18 a 49 anos com histórico de violência física pelo parceiro de então ou mais recente antes e/ou durante a gestação. As entrevistas foram realizadas face a face, com questionário estruturado e pré-codificado, e realizou-se análise descritiva. Foi coletada informação sobre características sociodemográficas das mulheres, tipos e gravidade da violência física cometida pelo parceiro, formas de enfrentamento da violência, pessoas e serviços de apoio procurados pelas mulheres, motivos para a mulher ter alguma vez abandonado e retornado a casa em razão da violência. RESULTADOS: Das mulheres que sofreram violência física pelo parceiro íntimo, 57,6% conversaram com alguém, 3,5% procuraram ajuda institucionalizada, 17,3% conversaram e procuraram ajuda institucionalizada e 21,6% não procuraram nenhuma forma de ajuda. As pessoas mais procuradas foram os pais (42,0%), amigo/amiga (31,6%) e irmão/irmã (21,2%). Os serviços mais procurados pelas mulheres foram: polícia/delegacia (57,6%), serviços de saúde (27,1%) e instituições religiosas (25,4%). Relataram não ter obtido qualquer tipo de ajuda 44,8% das mulheres; 32,1% disseram ter saído de casa alguma vez na vida, pelo menos por uma noite, das quais 5,9% não retornaram a casa. Foram motivos para deixar a casa: a exacerbação da violência e o medo de ser morta; para o retorno: a esperança de mudança do parceiro e o desejo de preservar a família. CONCLUSÕES: Grande parte das mulheres que sofriam violência por parceiro íntimo buscou alguma forma de ajuda. A rede social primária (familiares e amigos) foi a mais procurada pelas mulheres para romper o ciclo violento. Os resultados apontam a necessidade de maior divulgação dos serviços de apoio e a importância da ampliação e qualificação da rede de serviços (polícia, justiça, saúde, assistência psicossocial) para que estes possam acolher e apoiar as mulheres, dando-lhes suporte efetivo para romper com a situação de VPI.


OBJECTIVE: To describe the methods of coping adopted by women who have been subject to physical domestic violence. METHODS: A cross-sectional study designed to investigate domestic violence was carried out on the baseline data of a cohort study of 1,120 pregnant women in Recife, Northeastern Brazil. A total of 283 women aged 18 to 49, who reported physical violence by their current or most recent partner before and/or during pregnancy and who were enrolled in the Family Health Program, were eligible for this study. Data were collected through face-to-face interviews, involving a structured questionnaire, conducted between July 2005 and March 2006, and descriptive analysis was carried out. Data were gathered on the women's socio-demographic characteristics, the type and scale of the partners' physical violence, the method in which they dealt with the violence, whether help was sought and from whom, whether they had abandoned home due to violence and, if so, whether they had returned. RESULTS: Of the women who had suffered domestic violence, 57.6% had talked to someone about it, 3.5% had sought help from an official service or a person in position of authority, 17.3% had talked to someone and sought help from an official service, and 21.6% had not sought any help. Those people whose support was most frequently sought were parents (42%), a friend (31.6%) and brother / sister (21.2%). The services most frequently sought by the women were: police (57.6%), healthcare (27.1%) and religious institutions (25.4%). Of the women, 44.8% reported not having received any type of assistance; 32.1% reported having left home, for at least one night, at some point in their lives. Of these, only 5.9% reported that they did not return home. The reasons for leaving the home included the exacerbation of violence and the fear of being killed. Reasons for returning home: the hope that the partner would change and the desire to preserve the family. CONCLUSIONS: Most women who reported domestic violence seek some form of help. The primary social network (family and friends) was that most sought after by women to break the cycle of violence. The results highlight the need for raising awareness of assistance and support services and the importance of increasing and improving public service systems (police, legal, health, psycho-social care) to effectively support women in escaping situations of domestic violence.


OBJETIVO: Describir las formas de enfrentamiento a la violencia física adoptadas por mujeres agredidas por pareja íntima. MÉTODOS: Estudio transversal realizado en la línea de base de estudio de cohorte, con gestantes catastradas en el Programa de Salud de la Familia en Brasil, entre julio de 2005 y marzo de 2006, en Recife, PE. Se seleccionaron 283 gestantes de 18 a 49 años con historia de violencia física por la pareja del momento o más reciente antes y/o durante la gestación. Las entrevistas se realizaron cara a cara, con cuestionario estructurado y precodificado y se realizó análisis descriptivo. Se colectó información sobre características sociodemográficas de las mujeres, tipos y gravedad de la violencia física cometida por la pareja, formas de enfrentamiento de la violencia, personas y servicios de apoyo buscados por las mujeres, motivos para que una mujer haya alguna vez abandonado y retornado a casa luego de la violencia. RESULTADOS: De las mujeres que sufrieron violencia física por la pareja intima, 57,6% conversaron con alguien, 3,5% buscaron ayuda institucionalizada, 17,3% conversaron y buscaron ayuda institucionalizada y 21,6% no procuraron ningún tipo de ayuda. Las personas más procuradas fueron los padres (42,0%), amigo/amiga (31,6%) y hermano/hermana (21,2%). Los servicios más buscados por las mujeres fueron: policía/comisaria (57,6%), servicios de salud (27,1%) e instituciones religiosas (25,4%). Relataron no haber obtenido algún tipo de ayuda 44,8% de las mujeres; 32,1% dijeron haber salido de casa alguna vez en la vida, al menos por una noche, de las cuales 5,9% no retornaron. Los motivos para dejar la casa fueron: la exacerbación de la violencia y el miedo de ser asesinada; para el retorno la esperanza de cambio en la pareja y el deseo de preservar la familia. CONCLUSIONES: Gran parte de las mujeres que sufrieron violencia por pareja íntima buscó alguna forma de ayuda. La red social primaria (familiares y amigos) fue la más procurada por las mujeres para romper el ciclo violento. Los resultados apuntan a la necesidad de mayor divulgación de servicios de apoyo y la importancia de la ampliación y calificación de la red de servicios (policía, justicia, salud, asistencia psicosocial) para que estos puedan acoger y apoyar a las mujeres, dándoles soporte efectivo para romper con la situación de VPI.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Gravidez , Adulto Jovem , Gestantes/psicologia , Parceiros Sexuais , Maus-Tratos Conjugais/psicologia , Saúde da Mulher/estatística & dados numéricos , Adaptação Psicológica , Distribuição por Idade , Brasil , Estudos Transversais , Fatores Socioeconômicos , Maus-Tratos Conjugais/estatística & dados numéricos , População Urbana
11.
Rev. saúde pública ; 45(6): 1044-1053, dez. 2011. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-606866

RESUMO

OBJETIVO: Estimar a prevalência e analisar o padrão da violência por parceiro íntimo antes e durante a gestação e no pós-parto. MÉTODOS: Estudo de coorte realizado com 960 mulheres de 18 a 49 anos, cadastradas no Programa Saúde da Família da cidade do Recife, PE, entre 2005 e 2006. As mulheres foram entrevistadas durante a gestação e no puerpério, utilizando-se um questionário adaptado do Estudo Multipaíses sobre a Saúde da Mulher e Violência Doméstica da Organização Mundial da Saúde. Para avaliar o padrão de ocorrência da violência por parceiro íntimo, entre um determinado período e o subseqüente, o odds ratio foi calculado com intervalos de 95 por cento de confiança (IC95 por cento). RESULTADOS: A prevalência de violência por parceiro íntimo antes, durante e/ou depois da gestação foi estimada em 47,4 por cento e, para cada período isolado, em 32,4 por cento, 31,0 por cento e 22,6 por cento, respectivamente. As mulheres que relataram violência antes da gravidez tiveram chance 11,6 vezes maior (IC95 por cento: 8,3;16,2) de relatar violência durante a gravidez. Quando as mulheres relataram violência durante a gravidez, a chance de relatos no pós-parto foi 8,2 vezes maior (IC95 por cento: 5,1;11,7). A violência psicológica foi a de maior prevalência, principalmente durante a gestação (28,8 por cento; IC95 por cento: 26,0 por cento;31,7 por cento); a sexual, a menos prevalente, especialmente no pós-parto (3,7 por cento; IC95 por cento: 2,6 por cento;5,0 por cento); e a física diminuiu quase 50 por cento durante a gestação em comparação com o período anterior. CONCLUSÕES: Parcela significativa das mulheres em idade reprodutiva vivencia situações de violência por parceiro íntimo. Os períodos de consultas de pré-natal e de puericultura são oportunidades para que o profissional de saúde possa identificar situações de violência.


OBJECTIVE: To estimate the prevalence and analyze the pattern of intimate partner violence, before and during pregnancy and in the postpartum period. METHODS: This was a cohort study undertaken on 960 women aged 18 to 49 years, who were registered in the Family Health Program of the city of Recife, Northeastern Brazil, between 2005 and 2006. The women were interviewed during pregnancy and in the postpartum period, using a questionnaire adapted from the World Health Organization's Multi-country Study on Women's Health and Domestic Violence. To assess the pattern of intimate partner violence occurrences between a given time period and the subsequent period, the odds ratio (OR) was calculated with 95 percent confidence intervals (95 percentCI). RESULTS: The prevalence of intimate partner violence before, during and/or after pregnancy was estimated to be 47.4 percent. For the three periods separately, it was 32.4 percent, 31.0 percent and 22.6 percent respectively. The women who reported violence before pregnancy were 11.6 times more likely to report violence during pregnancy (95 percentCI: 8.3;16.2). When the women reported violence during pregnancy, the chance of reports in the postpartum period was 8.2 times higher (95 percentCI: 5.1;11.7). Psychological violence was more prevalent, especially during pregnancy (28.8 percent; 95 percentCI: 26.0 percent;31.7 percent). Sexual violence was less prevalent, especially after delivery (3.7 percent; 95 percentCI: 2.6 percent;5.0 percent). Physical violence diminished by almost 50 percent during pregnancy, in comparison with the preceding period. CONCLUSIONS: A significant proportion of women of reproductive age experience situations of intimate partner violence. The periods of prenatal and childcare consultations are opportunities for healthcare professionals to identify situations of violence.


OBJETIVO: Estimar la prevalencia y analizar el patrón de violencia por pareja íntima, antes y durante la gestación y en el postparto. MÉTODOS: Estudio de cohorte realizado con 960 mujeres de 18 a 49 años, catastradas en el Programa Salud de la Familia de la ciudad de Recife, Noreste de Brasil, entre 2005 y 2006. Las mujeres fueron entrevistadas durante la gestación y en el puerperio, utilizándose un cuestionario adaptado del Estudio Multipaíses sobre la Salud de la Mujer y Violencia Domestica de la Organización Mundial de la Salud. Para evaluar el patrón de ocurrencia de la violencia por pareja íntima, entre un determinado periodo y el subsecuente, el odds ratio (OR) fue calculado con intervalos de 95 por ciento de confianza (IC95 por ciento). RESULTADOS: La prevalencia de violencia por pareja íntima antes, durante y/o después de la gestación fue estimada en 47,4 por ciento y para cada período aislado, en 32,4 por ciento, 31,0 por ciento y 22,6 por ciento, respectivamente. Las mujeres que relataron violencia antes del embarazo tuvieron chance 11,6 veces mayor (IC95 por ciento:8,3;6,2) de relatar violencia durante el embarazo. Cuando las mujeres relataron violencia durante el embarazo, el chance de relatos en el postparto fue 8,2 veces mayor (IC95 por ciento:5,1;11,7). La violencia psicológica fue la de mayor prevalencia, principalmente durante la gestación (28,8 por ciento; IC95 por ciento:26,0 por ciento;31,7 por ciento); la sexual, la menos prevalente, especialmente en el postparto (3,7 por ciento; IC95 por ciento: 2,6 por ciento;5,0 por ciento); y la física disminuyó casi 50 por ciento durante la gestación en comparación con el período anterior. CONCLUSIONES: Parcela significativa de as mujeres en edad reproductiva experimenta situaciones de violencia por pareja íntima. Los períodos de consultas de prenatal y de puericultura son oportunidades para que el profesional de salud pueda identificar situaciones de violencia.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Gravidez , Adulto Jovem , Gestantes , Parceiros Sexuais , Maus-Tratos Conjugais/estatística & dados numéricos , Saúde da Mulher , Distribuição por Idade , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Saúde da Família , Programas Governamentais , Período Pós-Parto , Gestantes/psicologia , Cuidado Pré-Natal , Fatores Socioeconômicos , Maus-Tratos Conjugais/psicologia
12.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 11(3): 265-273, jul.-set. 2011.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-601052

RESUMO

OBJETIVOS: analisar as representações de profissionais da saúde sobre famílias de crianças e adolescentes vítimas de violência, atendidas em um serviço de referência da rede pública de saúde do Recife, Pernambuco, Brasil. MÉTODOS: foram aplicadas dez entrevistas semiestruturadas a psicólogos, trabalhadores e educadores sociais. Também foi realizada observação participante de forma suplementar às entrevistas. O material foi submetido à técnica de análise de conteúdo, modalidade temática. RESULTADOS: os profissionais reconheceram a necessidade de trabalhar o grupo familiar nas diversas formas de intervenção, destacando o sofrimento inicial das famílias provocado pelo fato de terem que aceitar uma intromissão do poder público. Observou-se certa polarização nas representações sobre famílias com dinâmica de violência sexual com relação às outras formas de violência. Destaca-se a utilização da categoria evasão para denominar a desistência das famílias ao tratamento oferecido, bem como a representação de famílias irresponsáveis entre aquelas que não conseguem concluir o tratamento. CONCLUSÕES: alerta-se sobre o risco dos profissionais estereotiparem como descompromissadas aquelas famílias que desistem do tratamento, quando podem ocorrer situações de dificuldade de compatibilização dos horários de trabalho com os de assistência ao serviço. Este problema pode ser especialmente sério em lares chefiados por mulheres. Detectaram-se também ruídos no tocante à articulação com conselheiros tutelares, dificultando o sucesso das intervenções.


OBJECTIVES: to examine health-care professionals' representations of the families of children and adolescents who have been victims of violent crime at a public-sector health referral center in Recife, in the Brazilian State of Pernambuco. METHODS: ten semi-structured interviews were conducted with psychologists, health professionals, teachers and social workers. These interviews were supplemented by participant observation. The resulting material was submitted to content analysis by theme. RESULTS: the professionals recognized the need to work with the family group by way of various types of intervention and highlighted the initial suffering provoked in the families by the need for the public authorities to interfere. A certain polarization was observed in the representations of families with a history of sexual abuse, compared to other kinds. The term drop out was used to refer to families failing to adhere to the treatment provided and the representation of families that failed to complete the treatment as irresponsible. CONCLUSIONS: there is a risk for professionals to stereotype as uncommitted those families that fail to adhere to treatment, when they may have experienced difficulties fitting this in with their work schedule. This problem may be especially severe in families headed by women. There are also some communication problems with counselors, which undermines the potential for success of such interventions.


Assuntos
Humanos , Criança , Adolescente , Serviços de Saúde da Criança , Violência Doméstica , Serviços de Saúde
13.
Cad. saúde pública ; 19(supl.2): 293-301, 2003. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-357696

RESUMO

Os principais problemas identificados no sistema de vigilância do óbito materno em Pernambuco, Brasil, foram a baixa cobertura e qualidade das informações e a inadequação do instrumento de notificação. Com base nesta crítica, decidiu-se elaborar uma nova ficha de notificação chamada Ficha Confidencial de Notificação de Mortes de Mulheres em Idade Fértil, e em seguida avaliar os procedimentos disponíveis para identificar óbitos maternos entre os óbitos femininos. O método RAMOS, usando a nova ficha de notificação, foi conduzido em Camaragibe, município da Região Metropolitana do Recife, a partir dos óbitos femininos registrados em 2000. Os resultados mostraram que este método foi capaz de obter mais informações sobre variáveis sócio-demográficas e sobre variáveis diretamente relacionadas com o óbito feminino do que a investigação de rotina conduzida pelo município, e do que a declaração de óbito. Estes achados reforçam a necessidade de se implementar a vigilância do óbito materno na região metropolitana, tendo-se como referência o método RAMOS e a nova ficha de notificação.


Assuntos
Mortalidade Materna , Registros de Mortalidade
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA